E se estiver a gastar energia com medos que não se vão concretizar?
Todos os dias, na vida e no imobiliário, tomamos decisões com base em algo que nem sempre é real: as nossas preocupações.
Preocupamo-nos com o cliente que não respondeu. Com o imóvel que ainda não foi vendido. Com a reunião que pode não correr bem.
Preocupamo-nos… mesmo quando ainda nada aconteceu.
Mas e se lhe dissermos que a maioria dessas preocupações nunca se concretiza?
A ciência confirma: estamos a preocupar-nos à toa (a maior parte das vezes)
No livro The Worry Cure, o psicólogo Robert L. Leahy relata um estudo revelador:
Um grupo de pessoas foi convidado a anotar todas as suas preocupações durante um período de tempo. Mais tarde, analisaram-se os resultados.
Conclusão:
85% das preocupações nunca se concretizaram.
E das 15% que realmente aconteceram, a maioria foi resolvida com menos esforço do que se imaginava.
Este dado — mesmo sem ser uma “verdade científica absoluta” — confirma algo que todos já sentimos:
a nossa mente inventa cenários negativos que raramente se confirmam.
Mas… é um estudo científico?
Embora interessante, não se trata de um estudo com validação científica rigorosa e amostragem alargada. É mais uma observação clínica feita com base numa amostra pequena e num contexto terapêutico. Ou seja, não podemos afirmar com certeza absoluta que o número é universal, mas o princípio é bastante consistente com o que a psicologia cognitivo-comportamental ensina:
Grande parte da ansiedade está ligada a cenários que nunca se realizam.
O peso invisível que trava os resultados
No setor imobiliário, onde o sucesso depende de atitude, foco, consistência e energia diária, este padrão mental pode ser destrutivo.
A preocupação constante esgota, paralisa, rouba o foco e corrói a confiança.
Muitos negócios não se perdem por falta de competência — perdem-se por excesso de medo, por dúvida acumulada, por antecipação do fracasso.
Mas e se olhássemos para o outro lado?
E se esse “copinho meio cheio” for, afinal, a reserva de combustível que falta para chegar onde se quer?
O lado positivo também é real — e é esse que move
A verdade é que, ao contrário do que nos habituámos a pensar, o pensamento positivo não é ingenuidade. É estratégia.
Quando acreditamos que temos recursos, abrimos espaço para agir.
Quando confiamos que podemos lidar com o que vier, recuperamos o controlo.
E quando nos focamos nas soluções, em vez dos medos, movemo-nos com leveza — e com resultados.

4 ideias para transformar preocupações em progresso
Lembre-se: já superou desafios maiores.
E se chegou até aqui, já tem provas de que é capaz de lidar com mais do que imagina.
Pense em probabilidades, não em possibilidades.
Se algo pode correr mal… também pode correr bem.
A questão é: qual é mais provável?
Dê um nome ao medo e faça um plano.
“E se o cliente desistir?” → Ok, e depois? O que posso fazer?
Muitas vezes, só verbalizar já reduz o peso.
Concentre-se no agora.
O que posso fazer hoje que me aproxima do meu objetivo?
A ação dissolve a ansiedade.
No fim, o sucesso não vem de evitar preocupações. Vem de não parar por causa delas.
Sim, o mercado é exigente. Há dias difíceis. Há clientes que não avançam e negócios que não fecham.
Mas se mantiver o foco, a atitude e a ação alinhadas, vai perceber que a maioria das coisas que o assustavam… eram só nuvens que nunca choveram.
E, como diz o velho ditado:
“Enquanto uns veem o copo meio vazio, outros aproveitam para dar o primeiro gole.”